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A Menina da lanterna e o caminho do SER...

... o Querer, o Sentir e o Pensar!

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Na pedagogia Waldorf, cultivamos em cada criança a harmonia entre três forças essenciais que habitam o ser humano: o querer, o sentir e o pensar. Esses três pilares se revelam na infância de maneira viva e concreta, e encontram na história da Menina da Lanterna um belo espelho simbólico.


A celebração da Menina da Lanterna ocorre no coração do inverno... Nesse tempo do ano, em que a luz do sol se recolhe mais cedo, somos convidados também ao recolhimento, à interiorização, ao silêncio e à escuta da luz que brilha dentro de nós.


Ao longo do caminho da Menina da Lanterna, encontramos personagens que representam essas três forças formadoras do humano:


O Fiandeiro representa o pensar. Com mãos pacientes, ele fia o fio do pensamento, tecendo ideias, imagens e compreensões que, com o tempo, se tornarão a base para o raciocínio e a consciência. Na infância, esse pensar ainda é imagético, sensível e repleto de fantasia — e deve ser nutrido com histórias, ritmos e imagens verdadeiras.


👞 O Sapateiro representa o querer. Suas mãos constroem os sapatos que mantêm os pés firmes no chão. Ele atua, transforma e realiza. Assim como a criança pequena, que aprende com o corpo, pelo movimento, pelo brincar ativo e pelo fazer com as mãos. É pelo querer que o mundo é tocado e moldado.


As Crianças com a Bola, seja menina ou menino... representam o sentir. Elas brincam, experimentam, relacionam-se, expressam emoções e vivem intensamente cada gesto do presente. O sentir dá cor e calor à vida e se manifesta na alegria, na empatia, no encantamento e na forma como as crianças se conectam com o outro e com o mundo.


E então, há a própria Menina da Lanterna — que, com sua pequena luz, vai ao encontro dos que estão perdidos. Seu gesto generoso revela um ser que, pouco a pouco, vai amadurecendo. Com a lanterna em mãos, ela ilumina o caminho, mas, mais do que isso, torna-se luz para o outro.


Esse caminho de integração do pensar, sentir e querer é o próprio caminho do desenvolvimento humano — e a imagem da menina nos inspira a confiar nesse processo, acompanhando cada criança com respeito e amorosidade, certos de que sua luz interior saberá brilhar quando for o momento certo.


Na escola, essa história torna-se um alimento anímico profundo. Uma imagem viva que permanece, silenciosamente, no coração de cada criança.



 
 
 

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